quarta-feira, 18 de março de 2009

Literatura da Dorothy Jansson Moretti, Itararé-SP




S E U V I C T O R I N O E A R U A S Ã O P E D R O

A rua está linda! Gosto de vê-la de dia, ao sol e sob o céu azul, com as árvores verdinhas como são nesta época do ano. Gosto de vê-la à noite, com os paralelepípedos brilhando à luz das lâmpadas dos postes, enquanto as folhas das árvores se movem e farfalham ao ventinho constante de nossas noites bonitas.
Rua São Pedro. Soa tão bem!
Será que algum outro nome ficaria melhor para ela?
Quase ninguém sabe disso, mas já houve ocasião em que quiseram mudá-lo.Foi durante a ocupação das forças vitoriosas na Revolução de 30. O administrador da cidade, nomeado pelo comandante da praça, era o saudoso jornalista Walfrido Rolim de Moura.
Certa manhã, acompanhado por seu filho Plínio, ele entrou na farmácia de Seu Victorino, que ficava em frente ao Foto Jansson. Ambos discutiam um assunto, e a certa altura dirigiram-se a ele, pedindo-lhe a opinião.
“Seu Victorino, estamos querendo homenagear o grande vulto da revolução, o saudoso governador da Paraíba, e pensamos em mudar o nome desta rua para João Pessoa. O que o senhor acha?”
Seu Victorino foi franco:
“Desculpem , mas não concordo. Acho que não se deve mudar um nome que é querido pela população, e tradicional, sendo até ligado ao nome original da cidade: São Pedro do Itararé”.
Walfrido achou que era “carolice”:
“Só porque é nome de santo?”
“Não, Seu Walfrido. Eu nem sou católico. Mas olhe, aí vem Seu Claro Jansson. Vamos perguntar a ele”.
Meu pai, apesar de também não ser católico, foi totalmente contra a idéia. E logo em seguida, o médico protestante Dr. Onofre Di Giacomo, que acabava de entrar na farmácia, consultado, também manifestou-se contrário.
O jornalista, em minoria, pareceu um tanto agastado:
“Bem, eu vou pesquisar a opinião pública. Se me for favorável, mudo o nome da rua, quer o senhor queira , quer não!”
Seu Victorino também foi teimoso:
“Pois, Seu Walfrido, se o povo concordar em que se mude o nome da rua, eu me ofereço para doar-lhe as placas para sinalizá-la”.
Não ficou sabendo se houve a pesquisa. Poucos dias depois, o administrador voltou à farmácia:
“Olhe, Seu Victorino, em atenção à vontade de amigos, decidi conservar o nome da rua. Mas o Largo de São Pedro vai-se chamar Praça João Pessoa”. (Hoje, Francisco Alves Negrão)
“Está bem, Seu Walfrido. De pleno acordo. A nossa teima era só a rua...”
Foi assim. E é por isso, graças a Seu Victorino, que a nossa mais bela e importante artéria continua ostentando em cada placa de esquina o nome querido e tradicional do grande apóstolo guardador das chaves do céu.
Rua São Pedro. Soa tão bem!
Será que alguém ainda pensaria em mudá-lo?
Nunca!
Dorothy Jansson Moretti – E-mail:
dj.moretti@uol.com.br

Tribuna de Itararé – 28/11/84


R U A S Ã O P E D R O

Nossa rua comprida, tão bonita...
Sobre a raiz da árvore eu sentava,
e quanta vez corri, chorosa e aflita,
quando um “bicho peludo”me queimava!


Bonito quando as tropas de boiada
ou de mulas que vinham lá do Sul,
passavam lentas, em fila espaçada,
erguendo poeira para o céu azul!


Meus pais e alguns amigos, na calçada,
divertidos, a olhar a criançada,
sorviam goles de bom chimarrão.


E à noite, em roda, sob a luz da lua,
nosso riso inocente enchia a rua,
na cadência feliz de uma canção!



Itararé, l987 - Dorothy

segunda-feira, 16 de março de 2009

Outras Palavras, Silas Correa leite

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· OUTRAS PALAVRAS ®
· Silas Corrêa Leite
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· Pensamentos, Frases, Comentários, trechos de livros inéditos, partes de poemas, citações de blues, etc.
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· “Respeito muito minhas lágrimas/Mas muito mais minhas risadas...” (Caetano Veloso)

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· Frases positivas – Série Pétalas de Luz – Livro inédito do Autor - Ano 2.009
· Silas Corrêa Leite – poesilas@terra.com.br

01)=Você vai ter um final de semana especial. Não deixe de se fazer notar para buscar o significado de ser realmente Feliz

02)=Algumas pessoas nascem com dons especiais. Só que precisam de um choque para descobrir isso. Você já descobriu ou vai precisar ser chacoalhada por um grande e grave problema?

03)=Nem tudo são Flores na vida. Mas podemos também tirar lições de amor de ventos, chuvas e lágrimas como páginas sábias de Esperança!

04)=Alguém olha pra você com ternura especial. Você é realmente feliz ou pensa que é? Procure a verdadeira felicidade nos olhos de quem chama em silêncio pelo seu amor de retorno.

05)=Torne esse dia feliz. Não procure guardar rancor ou mágoa. Anjos não entram em corações tristes.

06)=Cuidado com um problema que você mesmo está criando. Quando buscamos, não podemos saber o que virá de bom e ruim. Fique alerta!

07)=Todo amor do mundo, cabe num gesto simples, num olhar, numa aceitação íntima!

08)=Deus guarda você. Mas, você se guarda para Deus?

09)=Tome cuidado com alguém que jamais poderá iluminar você. Mas que está muito perto de você e pode envolver você de sombras, mesmo tendo aparência cativante e sedutora.

10)=Você quer tornar amargas as pessoas de seu convívio, só porque você é infeliz? Mude de estilo para ser verdadeiramente amada.

11)=Não há sensações no esquecimento. Tire lições de sabedoria da dor, da saudade, das perdas.

12)=Cada noite prepara uma manhã. E cada manhã guarda uma alegria nova. Não deixe que os sonhos sejam apenas sonhos.

13)=Alguém que você ama, pode magoar muito você. Saiba se preservar. Avalie momentos e tensões. Nada é perfeito.

14)=Somos todos anjos de uma asa só. Precisamos da asa de um outro para voar.

15)=Quem tem fé, mesmo sem qualquer noção técnica ou plano de vôo, Voa!

16)=A caridade é a melhor forma de Amor, a maior religião, o melhor passaporte para a Vida Eterna!

17)=Volte a estudar. Volte a aprender. Volte a ser alguém especial no coração sagrado do universo.

18)=Todas as formas de amor valem a pena. Todas as formas de buscas também. Saiba escolher bem para ser escolhida também

19)=Depois da tempestade, aprendemos a ver melhor as Estrelas...

20)=Há uma semente de Deus em cada um de nós. Mas e nós, que sementes somos?

21)=Somos todos sementes. Quantos de nós serão flores & frutos, e recriarão, para sempre, a Eterna Primavera?

22)=Podemos destruir muitas flores, mas jamais vamos impedir a chegada da Primavera

23)=O que somos? O que buscamos ser? O que faremos de nossas vidas quando não soubemos avaliar bem os percursos e tristezas?

24)=Sonhar é um modo de pedir ao anjo, uma estrada de tijolos amarelos. Trabalhar e estudar é uma bandeira de luz que vai indicar essa ponte para o futuro.

25)=Nem todos serão escolhidos. Mas temos sempre o direito de melhorar a nossa vida e a de quem amamos.

26)=A melhor vingança é ser feliz

27)=Acorde: alguém quer ser um raio de sol em sua procura...

28)=Cuidado – o perigo vem de onde você menos espera...

29)=Respeite as suas lágrimas. Aprenda com elas.

30)=Os loucos são os que conseguem. Há loucura no sonho, na esperança, no trabalho, no estudo.

31)=Os nossos filhos são as nossas Mensagens de Amor para o futuro!

32)=Cuidado com os seus amigos: nem todos são o que você pensa que são

33)=Ilumine o mundo com a sua presença: vai sobrar luz para você

34)=O seu coração é um canteiro: cuidado com as ervas daninhas que o estão tornando sombrio

35)=A paz de espírito é uma colheita de somas. O que você fez de sua vida?

36)=Torne as pessoas felizes com o seu sorriso. Viver é amar.

37)=As mãos são as últimas partes de nós que morrem. Porque são as mãos que mais constróem. A língua apodrece rápido.

38)=Existir é um pacto com a natureza infinita, da qual fazemos parte como elos de construção.

39)=Deus é Dez!

40)=Consulte sempre a sua Mãe

41)=Nâo pode haver paz quando há mágoa, ressentimento, ódio, amargura, tristeza. Faça uma faxina no seu espírito, no seu coração, na sua mente, no camarim de sua vida que busca o palco da sagração!

42)=Viver é só uma travessia de iluminações e sensibilidades aprendidas. Ou não.

43)=Cuide-se: o perigo mora pertinho de um descaminho seu

44)=Você pensa que pensa. Você acha que é o que não é. O pior engano é aquele que mentimos para nós mesmos, porque é um engano íntimo, falso, alterador de rumos e ganhos.

45)=O amor que não existe em você, pessoa triste, é uma triste prova de que você nem bem existe

46)=O seu futuro vai ser assim, sempre um pote cheio de mágoas? Aprenda a aprender

47)=Somos como saquinhos de chá. Provamos que somos fortes e verdadeiros, quanto postos à prova, no fogo das circunstancias.

48)=Cuide-se mais. Limpe-se mais. Areje-se mais. Há um sol de felicidade querendo abrir janelas em sua direção.

49)=Não seja criança fora de hora, fora de propósitos. Lembre-se: problemas fecham ciclos, abrem rumos.

50)=Torne as coisas mais fáceis para a sua Felicidade: faça-se de difícil para a pessoa certa.

51)=Ajude alguém que precisa de você. Abra os olhos que as respostas virão antes que você pensa...

52)=Há um anjo querendo abrir asas para o seu lado: só que você habita um mundo de sombras, e anjos só enxergam no claro, na luz!

53)=Abandone essa mágoa, vingança não é um remédio. Brilhe que os insensíveis serão tocados por sua luz.

54)=Como é bom nos iluminarmos da luz que acendemos nos outros...

55)=Cuidado: as viagens nem sempre têm o retorno que pensamos que têm

56)=O amor é o melhor remédio

57)=Abandone todas as tristezas: elas dão peso em sua alma e não deixam você alçar vôo

58)=Um dia alguém amou você, criou você, ajudou você, mas perdeu você. Volte para dentro de você mesmo, ache-se e volte às origens, às raízes, ao berço do Maior Amor do Mundo

59)=Olhe-se nos olhos, e veja o que você vai fazer do resto dessa tristeza que inutiliza seu sentido de vida

60)=A solidâo pode ser a nossa melhor amiga

61)=Deixe uma pessoa amar você. Você precisa se amar para que realmente amem você.

62)=Você vai ter um sonho que vai ajudar você a mudar de vida. Siga o seus instintos apurados; reconheça o caminho do qual se perdeu...

63)=Lágrimas são documentos de sensibilidade

64)=Mude de rumo. Antes que a morte acerte seu rumo errado

65)=Descubra o Ser Humano que existe em você, antes que seja tarde demais

66)=Há alguém que pensa que você é a pessoa certa na hora certa. Mas é um erro. Cuidado para nâo parecer o que nâo é atrair pessoas perdidas

67)=Tristezas não pagam dividas. Alegre seu mundo construindo novas idéias

68)=Cuidado: nesse final de semana avalie melhor a sua vida, o seu rumo, o seu destino

69)=Quanto maior a vaidade, pior a desilusão. Aprenda a ser simples, sincero. E digno.

70)=A melhor lição é aquela que você troca com o coração.

71)=Somos como ventos. Podemos encher balões coloridos de esperanças, ou provocar tempestades...

72)-O silêncio é uma prece que mais Deus ouve.

73)= Todos os dias são cheques em branco. Qual a quantia de amor e serventia você vai preencher na página sagrada do dia de HOJE?

74)=Ilumine-se: não esconda essa luz sob ressentimentos velhos

75)=Você é um milagre do amor de Deus. O quê você vai fazer desse milagre de Existir?

76)=Procure encontrar-se com Deus, antes que seja tarde demais.

77)=Noites e Dias são variações de tempo. Construções são testemunhos de dias reais bem vividos

78)=Ame a Vida antes que a vida perca o sentido de ser vivida

79)=Olhe para a frente: os desertos do passado ficaram em areias perdidas, mas o futuro próximo ainda é um grande sinal de Deus!.

80)=O melhor ensinamento é o nosso exemplo. A melhor pedagogia é o exemplo
.
Y
81)= ”...Antes de nascermos, fazemos um pacto com Deus. Um pacto íntimo que não sabemos, nunca nos é dado saber - além do recorrente arquivo genético-sensorial.acervado num labirinto do refluxo da inconsciência. Depois disso, nos é dado o livre arbítrio diuturno e vivencial para sermos o que somos, o que criamos, o que evoluímos, o que cresceremos como seres sem asas. Quando morremos é que, num átimo de milésimo de segundo, esse pacto se revela, e Deus (via fluxo de consciência instintal estimulada pelo pavor da morte) passa em nossa mente - eletrizada para a sagração da travessia - todos os nossos melhores e piores momentos na nau de sabenças, iluminuras, matizes, erranças e polimentos dessa havência. Pertencimentos... - É quando então se dá uma renovação desse pacto espiritual - se preciso for o estágio de uma outra nova vida inferior, ou somos abençoados para sempre e, recolhidos ao redil do céu, abandonamos, finalmente e para sempre, a tragédia que é essa cela-inferno, um triste degrau sideral atrasado chamado Terra!.... “ <


(FIM DA PARTE UM)



Autoria:

Poeta e Ficcionista Silas Corrêa Leite – Professor, pós-graduado em Educação (Mackenzie), Comunicação na Literatura (USP) e Redação (ESPM) – Autor de Trilhas & Iluminuras, Poemas, 1995, Editora Grafite-RS, autor ainda de Porta-Lapsos, Poemas, autor de Campo de Trigo Com Corvos, contos, a venda no site
www.livrariacultura.com.br

Membro da UBE-União Brasileira de Escritores
e-mail:

poesilas@terra.com.br $

Trabalhos do autor nos sites:
www.itarare.com.br
Romance Místico ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS no site www.itarare.com.br
Crônicas, Poemas, no site: www.riototal.com.br
Livro Virtual O RINOCERONTE DE CLARICE, no link Interativos do site www.itarare.com.br – Esse trabalho foi destaque nos Jornais Diário Popular, Estadão, JB online, nas revistas Kalunga, ao Mestre Com Carinho, Minha Revista (RJ), Revista da Web!, e motivo de Entrevista no programa Momento Cultural da Márcia Peltier, Tevê Bandeirantes.

domingo, 15 de março de 2009

Galeria Nobre Para Marina Solda, In Memoriam

Telha "Ramalhete", Marina Solda


Galeria Nobre


Silas Correa Leite, E-mail:
poesilas@terra.com.br
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Marina Solda, a Paleta da Vida
”O que nunca morre é espaçotempo/Mas
pode chamá-lo de Mamãe/Quem nunca
abandona esta mulher/O Céu e a Terra
fecunda/Suave é o seu poder/Sempre
e sempre a nos amamentar/Desça – ela
estará lá/ Suba – ela tomará no colo.
(Lao Tsé, O Tao Feminino)

-Marina Solda, natural de Itararé-SP, “Santa Itararé das Artes”, ela mesma uma grande artista, mãe de outros tantos grandes artistas; as tintas e tons e cores de sua paleta-vida “como palavras de sua alma rica”, sensível, enternurada, oriunda de descendentes de imigrantes, que foi morar em Curitiba e lá se tornou conhecida, amada, vencedora, personalidade cultural de destaque.

-Marina da Conceição Nunes Vidal é filha da dona Alzira Nunes e do popular “Marinheiro”, irmã do boêmio Tio Jannys da Cantina do Tio de Itararé. Marina Solda possui mais de 1000 (mil) telas já pintadas e algumas vendidas para o exterior, duas para a Itália. Exposições individuais:
Assembléia Legislativa do Paraná - Curitiba - Acrílico sobre tela de linho e óleo sobre tela de linho. Coletiva no Museu Alfredo Andersen. Coletiva na Galeria Andrade Lima e Escola de Arte. Cursos de desenho - desenho livre, desenho da figura humana, xilogravura, aquarela, cerâmica, escultura e pintura. Homenageada pela Câmara Municipal de Curitiba, importante cidade onde residiu por muitos anos, pelos trabalhos realizados nos mais diversos campos como Arte, Política (assessoria parlamentar qualificada), Educação e Jornalismo.
Artista plástica revisionista, Marina Solda evidencia em suas obras a ruptura com os conceitos tradicionais da arte, propondo uma nova linguagem artística, uma espécie de Revisionismo, posição ideológica preconizando a revisão de uma doutrina política dogmaticamente fixada.

A Artista Plástica Marina Solda expôs as telas “Arte Contemporânea Sem Fronteiras” no Espaço Cultural da Assembléia Legislativa do Paraná. Paulista de Itararé, onde é muito querida, morou na capital paranaense por mais há mais de 50 anos. Suas obras expressionistas são pintadas com tinta especial importada, e o diferencial dessas obras é que elas são expostas sem molduras, possibilitando ao comprador emoldurar a tela ao seu estilo. A exposição que fez em Curitiba foi parte das homenagens ao Dia Internacional da Mulher, ocorrendo a convite da deputada Cida Borghetti (PP).

A artista Marina Solda foi noticia no “Journal of the Senate” em janeiro de 2001, para orgulho do Clã dos Fanáticos de Itararé que têm na como a mais importante personalidade feminina de destaque, valorada na arte da histórica cidade da batalha que não houve, mas de uma batalha que ainda há para cultuar seus artistas como o mote “Sempre Haverá Itararé” por intermédio deles, entre os quais se destacam nomes como Maestro Gaya (itarareense que é nome de rua em Curitiba), Armando Merege, Rogéria Holtz, Jorge Chuéri e o próprio Luiz Antonio Solda, filho ilustre da Marina e o mais importante e premiado cartunista brasileiro. Como diz Fábio Luciano no site
www.itarare.com.br:

“Marina Solda Itararé nasceu em 18 de junho de 1935 em Itararé, e faleceu em /Curitiba, dia 20 de fevereiro, 2009. “Artista de Itararé, Dona Marina, não nos deixa a sós, deixa na veia artista um belo traço de Itararé para o mundo(...) Luiz Solda cartunista e blogueiro de teclado e mouse cheio.”

Agora que a Pintora Marina Solda é uma estrela de Itararé no céu da saudade, seu nome ficará marcado pela paleta da vida que ela rebrilhou com suas tintas de presença marcante, matriarca de um clã forte e de nomes ilustres, pessoas inteligentes, criativas, porque, afinal todos os descendentes da Martina têm a quem puxar, por assim dizer; dela e do próprio patriarca da Marina, o popular Marinheiro que desenhou as matemáticas ruas de cacau quebrado de Itararé, a grande beleza urbana da Cidade Poema de Itararé.

Itararé costuma dar valor para os que a promovem em verso e prosa, artes e reinações de qualidade humanitária e ética, embora a melhor saída para os artistas de Itararé seja a Estação Rodoviária da cidade, capital artístico-cultural do sudoeste paulista, metade do caminho entre Curitiba e Sampa. Marina Solda foi o maior nome de Itararé nesse sentido. Que Itararé lhe reconheça o mérito, e lhe dê o nome de uma rua ou mesmo de uma Escola de Artes, porque Curitiba, que sempre abrigou muito bem os “andorinhas sem breque de Itararé (quem nasce em Itararé é “Andorinha”), certamente saberá testemunhar oficialmente a importância de Marina Solda, para lhe dar um nome de Rua. Já pensou, Rua Artista Marina Solda?. Afinal, quem é bom já nasce luz, e, tirando de letra, Marina Solda literalmente pintou e bordou. Essa foi a sua marca, a sua lavra, a sua passagem brilhante por este Planeta Vida.

-0-

Silas Correa Leite – E-mail:
poesilas@terra.com.br
www.portas-lapsos.zip.net

sábado, 14 de março de 2009

Marina Solda, Artista de Itararé, Mãe de Artistas de Itararé


Para Marina Solda, In Memoriam

Tela de Marina Solda, Artista de Itararé




Sexta-feira, Fevereiro 20, 2009


O Tao Feminino


Para Marina Solda


O que nunca morre é espaçotempo

Mas pode chamá-lo de Mamãe.

Quem nunca abandona esta mulher

O Céu e a Terra fecunda.


Suave é o seu poder sempre

E sempre a nos amamentar


Desça - ela estará lá.

Suba - ela o tomará no colo.


Lao Tsé

quarta-feira, 11 de março de 2009

A Autoridade do Professor, Silas Correa Leite

Grupo Escolar Tomé Teixeira, Itararé-SP
Patrimônio Educacional de Itararé
As Melhores Cabeças Pensantes de Itararé, Aprenderam A ler e Escrever Aqui



Artigo/Opinião
Autoridade do Professor


O tempo está fora dos eixos/O ódio maldito
ter nascido para colocá-lo em ordem (...)”

Hamlet, Shakespeere



Sou do tempo em que um Professor ganhava igual a um juiz. Em que os pais tinham poder e competência, isto é, amavam, mas promoviam as necessárias sanções. Em que a Família era tudo e, a Escola por ela mesma, um degrau para a escala social. Bons tempos aqueles. Mas os tempos mudaram, como o tempo nos muda de nós mesmos, muda tudo, tivemos revoluções, utopias, sonhos, seqüelas, pois na seqüência o estado falhou, no flanco o quinto poder da violência e, quando vemos, nem temos mais a autoridade do estado, nem a família tem mais estrutura, e acabamos na encruzilhada da escola, sem saber como - no dia-a-dia de uma sala de aula - prevalecer uma autoridade que, por si só, seja humanista, ética, funcional, e ainda abarque todas as conseqüências dessas desestruturas todas, no rol histórico no mundo em que vivemos. Antes era o tal “Mondo Cane”. Hoje o “mundo está em pane”.

O sonho acabou, o totalitarismo fomentou muros, no flanco o neoliberalismo globalizou a informação, mas, trouxe, de contra-peso, a impunidade, a tal nova ordem econômica mundial e uma juventude bem diferente daqueles topetudos jovens que fomos, e soubemos ou não soubemos ser, porque a nossa rebeldia era contestar com o amor e flor, quem fazia a guerra não fazia amor, a Guerra do Vietnã e o Agente Laranja. Hoje os tempos tenebrosos (para citar Bertold Brecht) são outros, o aluno fica entendiado na escola, a sala de aula por ela mesma não é nada com tantas informações que traz de casa, é, por assim dizer, abduzido pelas culturas juvenis também como forma de protesto emergente, e então perguntamos: e a tal Autoridade do Professor?.

Copiar lições? Nem pensar. Só ouvir? Não, querem confundir, chamar atenção, discordar; o consumismo, o modismo, a última tecnologia, e o professor ali, feito um papagaio de pirata, não sabe se toca a aula inócua, se dança um rap de repente, se otimiza a aula pela tentativa de diálogo, porque só apagador e giz não vai resolver, só o simples sistema de passar conteúdo é pouco, a didática real tem que atrair o jovem, inspirar o jovem, e, certamente, nem todo educador está preparado para esse chamado olho de furacão. Já pensou?

Se Paulo Freire valoradamente já dizia que ninguém sabe tudo, assim como ninguém é ignorante de tudo, hoje o jovem tá ligado na net, tá a fim de outros saberes, em que o celular é mais importante do que uma lousa fria, e em que o agitado grupo de rua (a turma barra pesada ou não) aparece e brilha num contexto imediatista, tudo isso é mais interessante do que copiar lições, ficar colado numa carteira incômoda. Banalizada a violência, banalizada a cultura (adeus às tradições), o que o jovem busca é diferente do que a escola pode oferecer num primeiro momento, ou mesmo a médio e longo prazo. E o tempo do jovem é aqui e agora.

Aquele “cérebro-barrinha-de-cereal” não aceita mais a gordura letral de uma cultura que já deu o que tinha de dar, e na escola não acrescenta a cultura da clientela ao conteúdo. E o consumo é estético, não de conteúdo humanista.

Aquela “barriga de tanquinho” da musa televisiva, não demonstra que aceita afeto-grude. A relação passageira é promíscua, não tem conteúdo plural-comunitário. Aquele “espírito de skate” (rápido e rasteiro) não quer saber de questionário, trabalho de casa, pitos por comportamentos inadvertidos, o hormônio viça diferente nesses tempos.

Lar? Família? O vazio fluindo, e assim se forma o jovem contemporâneo, feito um receptáculo midiático, desde a apresentadora mãe solteira, o juiz ladrão impune, o professor com tantos cursos e que ganha menos o que um “avião” de boca-de-fumo. Já pensou?

A riqueza do corpo, não a riqueza do conteúdo. A escola perdeu importância, e o Professor ali, aturdido, pirando também, frustrado sim, achando que ele é o culpado, quando os tempos mudaram, as mudanças talvez pioraram a qualidade humana do “humanus”, a sociedade entre a impunidade e a hipocrisia, e o aluno ali, querendo uma “aula viva”, que nem sabe explicar direito o que é exatamente, querendo ser in/formado mas sem ser chateado, querendo aprender mas sem deixar de ser o que acha que é, e nessa relação - num tempo de travessia - o jovem contesta (contestar é a sua maior rebeldia), o professor tem que saber levar, ter postura, ter entrosamento, mas saber que, sim, é muito mais difícil lecionar agora do que era antes. Já pensou?

Hannah Arendt nos diz: “A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele, e com tal gesto salvá-lo da ruína que seria inevitável se não fosse a renovação e a vinda dos novos e dos jovens(...) E conclui: “A Educação, é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum” (In, Entre o Passado e o Futuro).

Essa é a questão, o ponto chave, e o professor precisa se encaixar aí, buscando a sua autoridade nesse meio de alguma maneira, sem ser autoritário, mas, também e principalmente, sendo competente (e hábil) naquilo que faz. Lembro-me que, certa feita, numa pesquisa escolar, foi questionado o que exatamente os alunos esperavam do professor, e, tabuladas as tantas respostas, a primeira foi de que o mestre fosse competente naquilo que ele se propunha a fazer (manjava mesmo do assunto, dominava a matéria, falava bem, tinha paciência, didática brilhante, etc.), e a segunda era de que ele fosse aberto, democrático, liberal, ou seja: soubesse intermediar o jovem nessa difícil travessia de estar na escola mas precisando ser cativado para valorar a escola, estar em sala de aula mas querendo assim mesmo não deixar de ser jovem e livre, tendo no professor um imediato cidadão semelhante ao pai e à mãe que, bem ou mal pode encarar, precisa encarar (formar a persona?) discordar (mesmo às vezes sem saber discordar ou ser imprudente), criticar mesmo sem ter fundamento, fazer o que até nunca pode fazer em casa, mas, mostrar-se ali, marcar seu território, pois, afinal, desafiar é com ele mesmo, mas um desafio que, raso ou não, o professor tem que tentar compreender rapidinho, alertar sem ferir suscetibilidades (os tempos são outros), mostrar pro aluno que capotou a mensagem mas não necessariamente acusou o golpe, pois soube se sair bem, lidar com a situação e ganhar com categoria a turma, a sala, o meio, a aula...

Sim, o jovem pensa que pode tudo, busca se afirmar assim. É natural essa postura para a sua idade. E o professor não pode pensar também que pode tudo ou sabe tudo, pois aí estaria se anulando no caminho da mudança, ou se fazendo de omisso de não querer evoluir para melhorar, afinal, Bertold Brecht já dizia “Tudo o que é perfeito e acabado está podre”

Ser jovem não é fácil nunca. Ser professor não é fácil também. Jovem é um tempo, um lugar, uma idade, uma situação. O professor teve o livre arbítrio de escolher a sua profissão, não pode fugir da raia, refugar frente tantos problemas que, sim, ocorrem na escola o tempo todo.

O aluno não teve opção a não ser estar ali para aprender e aprender a pensar, mas estará na defensiva e com certo medo daquele horrível mundo “adulto” e certamente muito adulterado de alguma forma, pois o jovem nesse estágio de vida e idade até como cidadão em formação e na defensiva, realmente não vai concordar nunca.

Recusarmos esse mundo tal como ele se nos resta, seria recusarmos à nossa própria autoridade de assumirmos o que legamos (de bom ou mau) aos jovens, como se de alguma triste maneira pedíssemos demissão de sermos pais, sermos autoridade, sermos cidadãos ou até mesmo seres humanos.

Que legado é esse? Não, de alguma maneira, não somos inteiramente inocentes. Que mundo é esse? Foi para esse mundo que trouxemos as crianças, os jovens, os alunos, vamos lavar as mãos agora? E lá vem a filósofa Hannah Arendt de novo: “ ...faz parte da essência da atividade educacional - cuja tarefa é sempre abrigar e proteger alguma coisa – a criança contra o mundo, o mundo contra a criança, o novo contra o velho, o velho contra o novo(...)”.

Precisamos e devemos recuperar de alguma forma essa tal “autoridade”, custe o que custar, doa o que doer; ser a autoridade apaziguadora no dia-a-dia, intermediando as idas e vindas das trocas, nas relações de meio, nas somas educacionais, pois, afinal, que alunos queremos? Numa época difícil, numa sociedade que é de tantas riquezas impunes, tantos lucros injustos, tantos contrastes sociais, o jovem é sim, de alguma maneira, por assim dizer, uma seqüela social também, quando não um triste rejeito social dessa mesma sociedade incompetente e inadequada (incompetente e inumana) que podemos estar até representando sem saber, ou até mesmo podemos estar reproduzindo com medo das naturais mudanças que toda época tem, e todas essas épocas joviais, estudantis, significam mudanças, significam evoluções, aprimoramento, muito além do próprio mundo das idéias.

Você professor, tem autoridade para cair na real?

-0-

Silas Correa Leite
(primeiro rascunho ainda)
poesilas@terra.com.br

domingo, 8 de março de 2009

Conto "Carnaval", Maria Apparecida S. Coquemala




Maria Coquemala
Itararé - SP

Carnaval
Na rua Teria vivido os enigmáticos momentos de pura beleza e alegria? Ou passageira alucinação, fruto do feitiço daquele quadro encantador? Sente frio... E a saudade que nunca vai embora... Enfia as mãos nos bolsos do casaco. Confetes? No ateliê Está cansada, quase seis horas da tarde, mas vai ainda visitá-lo, o amigo pintor, recém-chegado das viagens. E apanha raminhos de manjericão cheiroso pelo caminho, passa pelo jardim, há sempre alguma orquídea aberta na sua perfeita beleza colorida. Chega ao ateliê, gosta de apreciar o “Orquidário”, para onde, através de algum enigmático recurso, o amigo transplantou as orquídeas do jardim, mensagem de ternura nas dimensões dos vasos pequeninos, de alegria nas flores coloridas. Um quadro de rara beleza, a beleza do mundo, tanta, impiedosamente transitória, e com freqüência maltratada... Que mal é percebida, todo mundo ocupado na rotina. Mas que as mãos talentosas do pintor recriam... Ao lado, o outro quadro, o fantástico “Carnaval”, com máscaras carnavalescas, versinhos espalhados, o milagre da recriação artística na tela, agora quase na penumbra... Um carnaval tantas vezes intensamente vivido, mas que se fora para sempre da vida dele, conta saudoso... Precisa de mais luz, para fotografá-los, e já imaginando a foto: pintor/autor entre a beleza do “Orquidário” e a alegria do “Carnaval”. Afinal, vira os quadros nascendo nos esboços, tomando lentamente as cores, as formas se aprimorando, até chegarem à plenitude da beleza contagiante, vencendo concursos, despertando admiração, e agora retornados das viagens, das exposições, um rastro de beleza deixada pelos caminhos. Consulta o relógio, seis horas, tem pouco tempo, tantos os compromissos... Liga as luzes, quer plena claridade, fotos, prepara o flash... Mas, com ele, máscaras escapam da tela, ganham corpo e vida, se atropelam, multiplicando-se às dezenas... Quer ser racional, buscar explicações sensatas, mas os foliões a envolvem, invadem o “Orquidário”, colhem as flores, esvaziam a tela, se enfeitam, se perfumam com esmagados raminhos de manjericão cheiroso... Cruzam-se as serpentinas, os confetes, tudo é alegria em estado puro, tristeza nenhuma, foram-se as lembranças que lhe entristecem a vida... Mal pode vislumbrar o amigo nos braços foliões, rindo e dançando, tecendo coroas de orquídeas... Pensa no vinho que lhe serviu, nos brindes ao sucesso... Quem sabe ali a explicação, talvez um pequeno exagero... Ou a existência se redefinindo em enigmáticas paragens? Não importa. Entra no clima, leve e solta, tromba com arlequins e pierrôs, sequer se assusta entre monstros e piratas, canta também marchinhas de tantos carnavais passados... Flutuam todos no espaço dilatado, a luz jorra de ignotas fontes, mas jazem à sombra as esvaziadas telas. Estranhamente, não se movem os ponteiros do relógio. Mas, o vento frio da madrugada entra pelas janelas. Murcham as orquídeas. E um a um, foliões se desintegram, se reduzem a máscaras, as esgarçadas fantasias se diluem no ateliê... A alegria se fora. Uma saudade mansa entra devagar, comandando a cena... E voltam lentamente às telas, máscaras e flores... Consulta o relógio: seis horas. Os fatos inexistiram? O tempo não escorrera? Mas voltam a mover-se os ponteiros do relógio... E lá está o Jorge, o amigo pintor, o sorriso bondoso, nenhuma perplexidade... Não teria ele vivenciado tais momentos? Melhor se calar, quem sabe passageira alucinação... Ou feitiço daquele quadro encantador? Na rua Despede-se, sai à rua. Nada acontecera, não há carnaval, não há foliões, apenas a rotina. E a saudade que nunca vai embora... Faz frio... Enfia as mãos nos bolsos... Confetes?
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“Ao meu amigo, o pintor Jorge Chueri, personagem deste conto, e à Vanessa e à Ana Paula, pelo incentivo”
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Maria A. S. Coquemala escreve respondendo a um impulso de criação artística e também, para dividir com os leitores suas experiências diante dos enigmas do universo. Seu livro de contos “Circulo vicioso”, é um convite à leitura.
* * *Apoio Cultural: Clínica Médica Dr. Waldir Coquemala
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quarta-feira, 4 de março de 2009

Antologia de Prosa de Itararé





Artigo


Antologia de Prosa de Itararé


Ser Itarareense é, acima de tudo, um estado de espírito. Trazemos o DNA de Itararé na alma, nos sangue, no jeito “Itarareense” de ser. Conheceu, papudo? O Artista de Itararé é mais artista. O homem mais bonito do Brasil, Carlos Casagrande, é de Itararé. Um dos melhores arranjadores (premiado) do Brasil é de Itararé, Maestro Gaya. Um dos maiores cartunistas do Brasil é de Itararé, Luiz Antonio Solda. E tem muito mais. O mais importante e portentoso artista do interiorzão desses brasis gerais é o Jorge Chuéri, de Itararé, Cidade Poema, Santa Itararé das Letras. Vá vendo, quero dizer, vá lendo. “Se Deus é brasileiro/Jesus Cristo também é/Deus do Rio de Janeiro/E o Jesus de Itararé”. Já pensou? O paulista de Itararé é mais paulista. Aliás, até o Paranaense Ferreira era um paulista de verve, porque era orgulho e honra de Itararé. Itararé é isso: Bonita Pela Própria Natureza.

Por essas e outras, está pintando mais um livro para o acervo da chamada BRITA-Biblioteca Real de Itarareenses Andorinhas. O Livro ASSIM ESCREVEM OS ITARAREENSES, Primeira Antologia de Prosa de Itararé, com a Coordenação e Revisão Geral da Mestra Maria Apparecida S. Coquemala, Especialista em Lingüística, e deste vate que vos fala, quero dizer, escreve, está em fase final de formatação, antes de ir pro prelo. Convidamos todo mundo que escreve da Santa Terrinha, divulgamos a idéia-projeto por atacado e nos meios sócio-culturais, muitos foram chamados e poucos escolhidos, já que requisitos mínimos teriam que ser cumpridos, como qualidade da obra, bibliografia, prazos, atendimento às solicitações da Comissão Coordenadora. Cobranças que fizeram alguns se perderem pelo caminho, outros se esqueceram ou não responderam devidamente ao chamado. Sentimos a falta de alguns, claro, mas, no frigir dos ovos, Aleluia!, 14 nomes foram agregados finalmente e numa boa, com muita criatividade.

Nós que somos fãs do Poeta Pedro Ribeiro Pinto – por incrível que pareça nenhum livro com os trabalhos do mesmo foi lançado por descendentes do Clã - o homenageamos nessa obra, como tambem a Paulo Rolim, talentoso artista, visionário, valente coração de ouro, além do Patrono da Antologia e convidado de Honra Especial, o Artista Plástico Premiado Jorge Chuéri, maior patrimônio cultural de Itararé. Com o JC Itararé é mais bonita, mais graciosa, mais estupendamente de alto astral, pois o Jorge, claro, significa o espírito Itarareense, agrega valores, representando muito para as artes de Itararé Centenária, já que é simpático, brincalhão, bem-quisto, vencedor com as mãos limpas e o talento brilhante; muito querido por atacado nessa cidade de tantas andorinhas sem breque em que ele, o Jorge Chuéri é uma grande andorinha, um verdadeiro Taperá!



Se demorou tanto, como alguém pode achar que está demorando, foi exatamente porque tivemos que insistir nas cobranças (às vezes fica chato insistir), ora pedindo a foto 3 X 4 colorida devida, currículo, obra digitada com uma correção básica primordial. Lamentavelmente alguns não deram o retorno devido em tempo hábil, pré-estipulado. Queríamos alguns outros nomes, descobrir talvez alguns novos valores, mas o essencial por fim, é o que ficou, o que rendeu. Dificuldades. Vários atrasaram a viabilização do projeto como um todo. Como sei da historicidade quase inteirinha de todos os participantes, ficou fácil aqui e ali dar um arremete final, sempre com a revisão e representante local, em Itararé, a Maria Apparecida Coquemala, Rua Itaporanga, 52, Fone 015(15) 3531-2065, e e-mail
maria-13@uol.com.br – Também posso ser contatado em Sampa pelo fone (011) 3726-9780 ou mesmo pelo e-mails poesilas@terra.com.br ou ainda silascorrea@bol.com.br

O livro terá em média 12 pgs por autor, uma página ou pg e meia para currículo, a idéia é ter tb na última página uma foto de cada autor com seu nome embaixo, estamos já pensando uma montagem de capa que agregue valores simbólicos e estéticos de Itararé, como Pinheiros, Andorinha, cacau quebrado (paralelepípedo), etc. Aceitamos sugestões, estamos sempre abertos para composições legais, porque uma andorinha só não faz verão, a bem dizer, uma andorinha só não faz nem outra Andorinha. Queremos tudo num mosaico da chamada Literatura Itarareense: Somas. Bem exatamente dentro do chamado espírito Itarareenses, quando somos todos um, visamos o congraçamento lítero-cultural.

Os participantes (14) a priori são: Dorothy Jansson Moretti, Jorge Chuéri, José Rodolfo Klimek Depetris Machado, Lazara Aparecida Fogaça Bandoni, Luís Carlos Ferreira da Silva, Maria Aparecida Melo, Maria Apparecida S. Coquemala, Maria de Lourdes Luciano Nonvieri, Moacyr Medeiros Alves, Sebastião Pereira Costa, Silas Corrêa Leite, Terezinha Mello Martins, Zunir Pereira de Andrade Filho. Como observam, importantes nomes da nossa terra-mãe, alguns deles com um livro editado, muitos com mais de um livro, alguns premiados, inclusive com prêmios no exterior. Como diria o Gonzaguinha “Gente mais maior de grande”. Bonito. Gracioso. Um amor por Itararé, afinal, a prosa de Itararé é afiada, um encanto mesmo, de causos a ficções, de crônicas a memórias, de narrativas a inventários letrais com garbo. Afinal, Itararé tem muita história pra contar, já que a própria história do Brasil passa por aqui. Sempre haverá Itararé!

Capa, estilo, cores, orelhas, prefácios, análise crítico-literária do conjunto da obra pela Mestra Coquemala, troca de idéias, mudanças, acertos, um pandareco. Cada trabalho trazendo a personalidade do autor, suas características, das contações de palha do Ze Maria (de Santa Cruz), a memórias de Terezinha Iluminada e Irmã Cida, passando por enfoques surrealista, micro-contos e outras criações. A Antologia ASSIM ESCREVEM OS ITARAREENSES será bancada em regime de cooperativa, cada autor pagando o quantum de páginas constar, com todos os trabalhos sendo avaliados; eventualmente aqui e ali acertado a forma estética ou mesmo corrigido pela revisora oficial Coquemala. Afinal, feliz é o povo que produz e consome sua própria cultura. Bem-vindo a bordo. Estamos de vento em popa. E quem quiser que conte outra.

Silas Correa Leite, e-mail:
poesilas@terra.com.br
Blogue: www.portas-lapsos.zip.net

Veja (inscreva-se)
http://www.grupos.com.br/blog/literaturaitarareense/
Veja também: http://itararedasletras.blogspot.com/
Ou ainda: http://artistasdeitarare.zip.net/
Ou orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Home.aspx