segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Ilumideias, novo livro de haicais de Silas Correa Leite


ILUMIDEIAS, HAICAIS – Resumo, o livro novo de Silas Correa Leite

Apresentação:

haicai é o denominador comum das poesias todas” Massau Simizo

o haicai tradicional tem 5/7/5 sílabas. os haicais têm de ter gracezas, barulhanças, contentezas e sacadas de prismas rápidos em chips poéticos mínimos, como batatinhas com shoio. a sonoridade e graça fazem parte do haicai primitivo, japônico, tradicional. no Brasil foi inventariado, introduzido e refabricando com qualidade risadora pelo poeta Guilherme de Almeida. o haicai moderno, por assim dizer, tirou métrica e rima, desengessando-o, bem como tirou a própria necessidade formol de dar sentido à natureza neles/deles, mas sendo, no nosso caso, brasileiríssimo. um haicai tropical, bem brasileirinho, com closes, inshits, fragmentos líricos, emotivos, ótica nuclearizada de um breve momento trazido à luz, à arte, ao quadro cênico de enlevo ou mesmo situação clicada e retomada (quando não enlivrada) no breve, no três por quatro do lambe-lambe, no leve, no zenboêmico contemplativo que seja, epigramático e alucênico. Bashô disse: “não siga os antigos, procure o que eles procuraram”. aqui um inventário de cenas rápidas, twitterpoemas feito twittercotas, mais ironias risadoras, ou retratos 3x4 de hilários desatinos cotidianos. os links rotulados “silas e suas ‘siladas”, entre poeminhos curtos, bateia de granizos, haicloses urbanos ou caipiras (de Santa Itararé das Artes), ou mesmo de sampa, “da força da grana que ergue e destrói coisas belas”, caetanear, por que não? nessas linhas de humor, lorotas, bravatas, quando não experimentos neoconcretos entre tercetos e afins e, rápidos e rasteiros, prismas nevrálgicos, contundentes, fragmentos de óticas depuradas em cirúrgicas palavras estrofadas, sintetizando janelas, tops de linha em toques epigramáticos e assim buscando/sacando, drops letrais, jujubas, emoções com a faca entre os dentes, deleites derramados e, claro, aqui e ali, possíveis trovas, quadras e levitações zenboêmicas no varejo, estados da alma, desvairados inutensílios, desaforismos, disparates, porta-lapsos, cantilenas refabuladas, parlendas revisitadas, limeriques fakes, e algumas tiradas como pensagens (pensamentos-mensagem), ou pensadilhos (pensamentos-trocadilho), em colheradas sacadas como ‘mãos ao alto’, do teclado do computador de/compondo letras, tudo feito uma espécie assim de um ‘silasbashõ’ em teatro no regurgitar pelos cotovelos. desdizeres entre um saquê e um catatau de mixórdias em sachê de enlivramento, taí: iluminuras-ideias, eis o neologismo lustral: ilumideias.

ciberpoeta silas corrêa leite

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