Cego - Conto de Silas Corrêa Leite
(Interpretação livre de Antônio Abujamra)
Cego de nascença, aprendeu a ler no escuro. Desde pequeno, os livros lhe eram abertos, os toques lhe fundavam janelas, os sons lhe eram caminhos de pedra.Um dia, achou um doador de córnea e pensou que os recursos adquiridos poderiam lhe render a visão total.Não aceitou ser operado por conta do governo, nem enxergar no claro. Ficou com medo de se olhar no espelho das pessoas e ter medo da escuridão que havia nelas.
Sobre o(a) autor(a):
Site pessoal de Silas Corrêa Leite, de Itararé-SP:
E-mail: poesilas@terra.com.br
Conto apresentado no programa 202
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